O sistema de geração fotovoltaica está mais acessível com as baixas taxas de juros e financiamentos cujas parcelas ficam menores que a economia gerada na conta.
De acordo com dados divulgados em setembro deste ano pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) e a Agência Nacional da Energia Elétrica (Aneel), a Bahia está em primeiro lugar no ranking dos estados que mais geram energia fotovoltaica no Brasil, sendo responsável por 32% da geração total.
Por conta disso, na modalidade geração centralizada, o estado possui hoje 29 parques responsáveis por gerar iluminação fotovoltaica. O estudo mostra também que essa região forneceu 165,8 Gigawatts-hora somente em agosto deste ano e está prevista a construção de 44 parques fotovoltaicos até 2025, com previsão de R﹩ 6 bilhões de investimento.
Outro ponto importante é que a Bahia também se destaca na geração distribuída, que possibilita que empresas e pessoas produzam sua própria energia, e ocupa a 10º posição entre os estados que mais investem nesse recurso, ficando atrás apenas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esses dados comprovam que a região vem ganhando cada vez mais espaço nesse setor. Entretanto, em contrapartida, os números apontam que há uma defasagem na geração solar distribuída em relação a outros regiões com menor vocação para tal, indicando um oceano azul nesta modalidade.
Diante desse cenário, os moradores, comércios e empreendimentos locais têm se mostrado grande investidores nesse segmento e vêm apostando cada vez mais em soluções inovadoras. Isso porque a tecnologia possibilita que o consumidor final gere sua própria energia para consumo, trazendo economia imediata à conta com retorno rápido para um sistema que tem vida útil maior que 25 anos. Mas o que poucos sabem é que o cliente tem a opção de receber créditos que podem ser abatidos na conta ao utilizar energia artificial em momentos sem sol ou até mesmo em outros imóveis com a mesma titularidade.
Além disso, o sistema de geração fotovoltaica está mais acessível com as baixas taxas de juros e financiamentos cujas parcelas ficam menores que a economia gerada na conta. Assim, cada vez mais pessoas e empresas estão aderindo a esta solução que cresce em potência instalada mais de 100% ao ano.
Pelos motivos apontados acima, o Brasil já se transformou em um grande polo de investimento neste setor. E a Bahia por sua vocação natural deve apostar cada vez mais em recursos, programas de incentivo, profissionais qualificados para que ela se torne referência no país e sirva de exemplo para as outras regiões.
* Lucas Batista é diretor da divisão de Energia da LEDAX
Fonte: O Debate