A decisão é devido às incertezas no mercado e os riscos cambiais brasileiros.
Alberto Cuter, gerente geral da JinkoSolar, na América Latina e Itália, disse que uma das razões para atrasar os planos é a moeda brasileira "realmente instável" com pouca segurança em torno da taxa de câmbio com o dólar norte-americano.
O Banco de Desenvolvimento, está oferecendo financiamento apenas para os fabricantes PV que seguem um plano de nacionalização progressiva para equipamentos de fabricação.
Cuter disse que a inclusão de células nas regras de conteúdo local apresenta mais risco para JinkoSolar que tinha apenas planejado produzir módulos.
Cuter acrescentou que também há uma falta de clareza sobre o que o governo está oferecendo para os fabricantes em termos de reduções de impostos, visto que não tem um compromisso de longo prazo para a instalação.
Isto significa que não está claro quanta demanda haverá painéis para dentro do Brasil.
Além disso, o custo de produção de módulos no Brasil é 25% maior que na China, o que significa que módulos produzidos no Brasil tem mercado somente aqui.
A decisão da JinkoSolar em congelar seus planos de produção vem logo depois que Rodrigo Sauaia, diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) alertar, em setembro, que sem política industrial "os fabricantes que querem se estabelecer no Brasil não serão capazes de competirem em termos de preço".
"O equipamento produzido no Brasil sem o apoio de uma política industrial é muito mais caro do que o equipamento internacional por causa da excessiva carga tributária sobre insumos e máquinas", disse Sauaia.